Mau Feitio, Tinto, 2011
Mau Feitio
Tinto, 2011
DOC Douro

Criar um vinho que permita apreciar plenamente a pureza das castas com que foi feito, sem contacto com madeira de carvalho. Recorreu-se aos melhores vinhos da colheita e à "arte do lote", alma da enologia portuguesa até ao último quartel do séc. XX.

ANO DE COLHEITA: O ano de 2011 no Douro foi bastante húmido na Primavera, permitindo às videiras ganhar as reservas hídricas necessárias à plena maturação das uvas no final do ciclo. As temperaturas elevadas de Setembro conduziram a um amadurecimento perfeito das uvas, fazendo com que a excepcional colheita de 2011 seja lembrada por muitos anos.

TECNOLOGIA: Vinificação em lagares de granito com pisa automática, para não exagerar na acção mecânica sobre as massas. Finda a fermentação, com uma semana de curtimenta, o vinho foi para cubas de inox, onde sofreu a transformação maloláctica e iniciou a clarificação. Após segunda trasfega, o vinho ficou em sossego durante dois anos para clarificar naturalmente. Uma ligeira colagem e filtração apertada antes de engarrafar completaram o processo, saindo para o mercado após vários meses de estágio em garrafa.

CASTAS: Tinta Roriz, T. Nacional e Tinto Cão.

PARÂMETROS ANALÍTICOS:
Álcool – 13.5 % (vol.)
Acidez Total – 5.0 gr /L (ác. tartárico)
Acidez Volátil – 0.60 g/L (ác. acético)
pH – 3.80.

PROVA ORGANOLÉPTICA: Fruto do conceito adoptado, o vinho não está em sintonia com a “moda”, onde as notas de madeira de carvalho e a concentração são obrigatórios. Revela, por isso, algum “mau feitio” na subtileza dos aromas e no efeito sobre os palatos mais sensíveis, embora encha de alegria quem aprecia o estilo.

APTIDÕES: É um vinho que “sabe mais do que cheira” e, por isso, com óptimo potencial de envelhecimento e aptidão gastronómica. Está de acordo com a regra “quanto mais velho melhor”, pelo menos nos próximos vinte anos, embora o estágio em garrafa lhe faça perder o “mau feitio” inicial.

MODO DE SERVIR: Servir a 16 ºC, para atingir a plenitude ao fim de 15 minutos, quando a temperatura subir um pouco e o vinho oxigenar. Decantar é uma opção, mas não permite apreciar a surpreendente evolução que tem no copo.

PRODUÇÃO: 4 000 garrafas

NOTA:: A pedido de muitas clientes foi decidido produzir este tinto com cápsula rosa

 DOWNLOAD FICHA TÉCNICA

 


BEBER COM…

LOMBINHO DE LEBRE NA PEDRA DE SAL

LOMBINHO DE LEBRE
NA PEDRA DE SAL

CHEF HENRIQUE MOURO

INGREDIENTES (para 4 pessoas):

4 lombinhos de lebre
200 g de feijoca
2 cenouras
2 cebolas
1 alho porro
1 cabeça de alho seco
100 g de chouriço mouro
Vinho tinto
6 bagas de zimbro
1 dl de gin
100 gr de manteiga
Tomilho
Alecrim
Flor de sal do Algarve
4 pedras de sal de tavira
3 folhas de louro
Madeira para fumeiro

PREPARAÇÃO:

Temperar os lombinhos de lebre com vinho tinto, as ervas, bagas de zimbro e alho esmagado durante 8 horas.

Cozer a feijoca com o chouriço e metade dos aromáticos. Fumá-las depois durante 20 minutos em fumeiro próprio. Preparar com os restantes aromáticos e o chouriço cozido e picado um refogado onde se acrescentam as feijocas fumadas, temperar de sal e pimenta e deixar apurar.

Preparar uma manteiga com o zimbro esmagado, o gin fervido até perder o álcool, tomilho e sal. Aquecer as pedras de sal em forno forte (+ de 200º), deitar uma noz da manteiga de zimbro sobre ela e corar aí os lombinhos de lebre.