O vinho certo para cada convidado

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Para quem gosta de receber amigos ou convidados em casa todos os detalhes são importantes. E a escolha do vinho que vai ser servido à refeição é, certamente, um assunto que deve merecer esmero. Ou não fosse o vinho a bebida do convívio e da boa disposição. Contudo, para quem nunca reflectiu sobre este tema poderá achá-lo fastidioso ou inútil. E, no entanto, para algumas pessoas apreciadoras de vinho é um momento tão excitante como o de abrir a garrafa à frente dos convidados. Vamos tentar explicar por quê:

O primeiro aspecto a ter em conta é a natureza dos convidados. Quando se conhecem, deve-se ter em atenção os seus gostos, as suas convicções, a idade, a origem geográfica e, obviamente, o seu interesse pelo mundo dos vinhos. Quando não se conhecem, vale a pena indagar um pouco a respeito dos seus gostos e do seu interesse pelo vinho. Tanto num caso como noutro, se as pessoas são realmente entendidas em vinhos o problema está facilitado, ao contrário do que possa parecer. Com efeito, um grande conhecedor de vinhos, que já provou de tudo o que se produz em Portugal (ou no Mundo), ficará muito mais satisfeito com uma novidade, do que com um vinho mediático ou muito caro. Um vinho de produção muito limitada, de uma colheita acabada de chegar ao mercado será, por certo, uma boa escolha. Quando as pessoas se auto-intitulam grandes conhecedoras de vinhos, normalmente sabem pouco e dão mais importância às marcas que são badaladas nos guias de vinhos e na comunicação social do que à qualidade intrínseca que os vinhos apresentam. Para esses, nada melhor que lhes oferecer os vinhos mais mediáticos do momento, não obstante o seu elevado preço. Finalmente, se são jornalistas de vinhos e conhecem todos os vinhos do mercado, o melhor é pedir-lhes a eles para levarem o vinho!

Quando os convidados não são versados em vinhos a escolha é mais problemática, pois deve-se ter em atenção outros factores. Assim, se são jovens, nada melhor do que escolher um vinho fácil, muito aromático (com ligeiras notas de madeira, se for tinto), pouco ácido e aveludado na boca. Se forem mais velhos é útil saber a sua origem geográfica, pois costumam ter predilecção pelos vinhos da sua terra. Se têm veia artística, costumam dar grande importância ao rótulo e à apresentação da garrafa.

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